A importância da Carta
A IMPORTÂNCIA DA CARTA
Parece ser difícil achar muita relevância para carta na atualidade,dirigida à uma situação específica de igrejas específicas do primeiro século,ameaçadas por um perigo pertencente ao mundo daqueles tempos.
Paulo a fim de libertar os cristãos da circuncisão judaica,o assunto torna-se liquidado.
A despeito do cenário histórico local,a apresentação de princípios cristãos são reconhecidos hoje.Essa foi uma das razões de ter sido preservada no cânon cristão.
Antes de vermos a importância da carta para nós,veremos alguns exemplos históricos de suas aplicação para vermos sua relevância:
1.) Na metade do século II Márcion lança seu grande desafio à igreja ao estabelecer uma organização rival,que alegava estar mais perto da posição apostólica.
Não vamos discutir aqui essa questão da heresia marcionista,mas vale a pena lembrar que ele colocou a carta aos gálatas encabeçando sua lista de cartas paulinas,para formar sua abordagem anti-judaica.
Márcion considerava a questão da circuncisão como sendo típica de um antagonismo geral ao judaísmo.A despeito da exegese de Màrcion era falha,sua alta estima pela carta é um testemunho relevante à necessidade sentida,não apenas pelos ortodoxos,mas também pelos hereges,de compreenderem a carta de modo a encontrar nela uma aplicação contemporânea.
2.) Outra questão é a importância dela na reforma.,especialmente no pensamento de Lutero.
Seu comentário da carta é uma exposição notável da doutrina da reforma,tendo influência em muitas de suas obras.Na batalha feroz de Lutero contra o papismo ele via nessa carta do seu papel na situação.Considerava os judaizantes como exemplos dos legalistas na religião.Ele sabia por experiencia própria que o sistema monástico representa uma escravidão como a enfrentada pelos gálatas.
A justificação pela fé é a resposta de Paulo à situação dos gálatas e veio a ser a resposta de Lutero.Esse tema torna-se o principal tema da pregação de Lutero,apontando o caminho para sua relevância moderna.
O cristianismo legalista manifestava-se de várias formas nos tempos de Lutero,mas torna-se tão real hoje como nos seus dias,levando cristãos à escravidão e toda forma de escravidão é estranha ao cristianismo na visão paulina.
3.) Na era da crítica moderna , F.C. Baur imitando Márcion achou essa carta muito ao seu gosto ao ponto de fornecer-lhe um padrão eficaz,conforme pensava para medir a autenticidade das demais cartas cartas paulinas.
Sua premissa fundamental de uma antítese entre cristianismo paulino e pedrino adotada,foi ilustrava basicamente na carta aos gálatas.
Tal bordagem estava muito longe da interpretação tradicional e pode ser citada como representando a critica radical do século XIX,tendo ainda repercussão no nosso século.
A teoria de antítese desenvolvida por Baur não é mais considerada hoje,mas na época da crítica moderna muitos concordaram com sua opinião de ter esta carta mais elevada que as outras.
Morton numa abordagem mais recente da carta ,estabele como norma Gálatas para medir autenticidade.Ele começa asseverando que Gálats é demasiadamente individualista para ser uma falsificação,logo fornece um exemplo admirável para o estudo estatístico do estilo de Paulo.Como resultado Morton declara que entre todas as cartas de Paulo somente 5 são autênticas.
Essas 3 colocações mostram a importância desta carta para os nossos dias e fornecem uma advertência contra o uso de pressuposições exegéticas errôneas.
É de essencial importância a relevância desta carta para o nosso século e de como ela é âncora para nossa fé.
1.) Cuidado com o legalismo
Os judaizantes da Galácia eram sinceros,e acreditavam honestamente que procediam corretamente ao serem circuncidados para serem seguidores genuínos da Nova Aliança e leais seguidores do sistema legal judaico.
Para os cristãos judaicos parecia natural que os gentios devessem ser absorvidos pelo judaísmo.Estavam tão acostumados a uma abordagem legalista que não enxergavam seus perigos e ameaças fatais à existência do cristianismo.
Os legalistas modernos também são sinceros mas errados do mesmo jeito.
Esta carta é um desafio para todos os que fazem parte do cristianismo,para que examinemos os princípios básicos que regem nossa fé.
A Igreja em sua história foi enfraquecida pelo formalismo religioso e ainda hoje continua sendo uma ameaça à prosperidade da igreja.Qualquer abordagem do cristianismo que dependa de observância rígida de regras externas como meio de salvação,estará sempre em piores condições do que a dos gálatas.
O declínio da Igreja sempre o é por uma condenação da igreja e nunca da presente geração.
Na maneira de pensar de Paulo a salvação só pode resultar de fé pessoal,que torna o cristianismo poderoso e fervoroso,isso é regra: sempre que o cristianismo vive a justificação pela fé o cristianismo torna-se influenciador dinâmico.
Infelizmente o método legalista tem seus atrativos: se o caminho para a justiça consiste em deveres torna-se mais simples para o indivíduo aplicar-se a procedimento fixo do que exercer a disciplina de uma fé pessoal.
Forçosamente surgirá confusão se a consciência individual for sobrecarregada com assunto e demasia.
Paulo substitui o conceito de lei como padrão e esperar obediência pelos frutos do Espirito e não apela para um código legal mas para um organismo vivo.Paulo vê como uma antítese,mas hoje tenta-se achar uma unidade.
Paulo não consegue ver uma abordagem formalista como parte de uma fé pessoal.
Hoje a Igreja precisa urgentemente considerar a justificação pela fé como base para a unidade eclesiástica.
2.) Crescimento da libertinagem.
A idéia de um código ético da qual os membros se conformem está desprestigiada.A liberdade do indivíduo se tornou mais importante que o bem estar da sociedade.
O que a carta tem a dizer para uma geração da nova moralidade?
Parece que a liberdade individual dá-nos o direito de uma liberdade individual.
Paulo não está ao lado dos novos moralistas,pois ele mesmo afirma que a liberdade não pode ser usada como ocasião para a carne ( 5:13 ),e quem pensa em abolir restrições morais consagradas está muito enganado.Ao invés de afrouxar os padrões Paulo favorece o inverso a despeito do antilegalismo.A exigência principal é o exercício do amor ( 5:22 ),antídoto às obras da carne ( 5:19 ... ).Ele impede o uso errado da liberdade cristã,pois o serviço prestado aos ouros é maior que a auto satisfação ( 5:13-14 ),estar disposto a carregar o fardo dos outros ( 6:9-10 ),ele deve ser acompanhado com os frutos do Espirito.A negação da carne está na expressão : "estou crucificado com Cristo" (2:19).
Não é qualquer padrão ético incompleto,superado pelo homem moderno.
3.) Até que ponto o modo como Paulo tratou a situação dos gálatas foi ditatorial?
Paulo foi incisivo,não teve complacência,via a questão como de vida ou morte,sendo franco em sua linguagem.
Na visão dele não havia coexistência pacífica na igreja gentia entre os que queria a circuncisão e outro que prescindia dela.
O primeiro grupo não representava o cristianismo puro e deveria ser excluído.
Hoje será que não existe um perigo de comprometer a posição cristã verdadeira com pontos de vista diferente da igreja apostólica?
4.) É interessante o uso feito por Paulo do Antigo Testamento nesta carta,resumido em 3 categorias:
a) Citação direta
Faz menos em Gálatas do que nas outras cartas,mas quando o faz fica evidente que cita-o com autoridade.
Ao citar Abraão personifica as escrituras ( 3:8 ),mostrando seu poder de previsão,que quando a Escritura fala fala como voz de Deus.( "está escrito")("permanece escrito")
Em 3:10 cita Deuteronômio 27:26 sobre a maldição da lei,em 3:13 cita Deuteronômio 21:23 e assim em outras passagens
b) Citação em alusões indiretas
As vezes parece um eco da linguagem do Velho Testamento (1:15),lembrando Isaías 49:1 e Jeremias 1:5 ou 2:16 onde há um eco de Salmo 143:2 e assim em outras passagens.
c) Citação por alegoria
Cita Sara e Agar como exemplos.
O método de Paulo para deduzir princípios espirituais de incidentes do Velho Testamento acha aqui exemplos notáveis.(algo que ele não o faz em outras cartas )
CONCLUSÃO
Até que ponto Paulo fez do Antigo Testamento deve ser normativo?
Há métodos científicos que desconsiderava,rejeitando o uso do Antigos testamento como autoridade.
Será o método de Paulo antiquado?
Cristo e seus discípulos criam que havia certa continuidade entre o Velho e Novo Testamentos,e esse era o método usado por Paulo.
Quando paulo usa Sara e Agar fica claro sua opinião que a Escritura transmitia uma interpretação tanto literal como alegórica.
Não há dificuldade em ver o relacionamento entre Isaque e Ismael e o espirito de liberdade e a abordagem de Paulo e a escravidão dos judaizantes.
Se a igreja moderna quer ter associação com a Igreja Apostólica,é certo que o conteúdo desta carta continua sendo importante como o foi no passado.
Ela é conhecida como a carta Magna da Liberdade Cristã
Parece ser difícil achar muita relevância para carta na atualidade,dirigida à uma situação específica de igrejas específicas do primeiro século,ameaçadas por um perigo pertencente ao mundo daqueles tempos.
Paulo a fim de libertar os cristãos da circuncisão judaica,o assunto torna-se liquidado.
A despeito do cenário histórico local,a apresentação de princípios cristãos são reconhecidos hoje.Essa foi uma das razões de ter sido preservada no cânon cristão.
Antes de vermos a importância da carta para nós,veremos alguns exemplos históricos de suas aplicação para vermos sua relevância:
1.) Na metade do século II Márcion lança seu grande desafio à igreja ao estabelecer uma organização rival,que alegava estar mais perto da posição apostólica.
Não vamos discutir aqui essa questão da heresia marcionista,mas vale a pena lembrar que ele colocou a carta aos gálatas encabeçando sua lista de cartas paulinas,para formar sua abordagem anti-judaica.
Márcion considerava a questão da circuncisão como sendo típica de um antagonismo geral ao judaísmo.A despeito da exegese de Màrcion era falha,sua alta estima pela carta é um testemunho relevante à necessidade sentida,não apenas pelos ortodoxos,mas também pelos hereges,de compreenderem a carta de modo a encontrar nela uma aplicação contemporânea.
2.) Outra questão é a importância dela na reforma.,especialmente no pensamento de Lutero.
Seu comentário da carta é uma exposição notável da doutrina da reforma,tendo influência em muitas de suas obras.Na batalha feroz de Lutero contra o papismo ele via nessa carta do seu papel na situação.Considerava os judaizantes como exemplos dos legalistas na religião.Ele sabia por experiencia própria que o sistema monástico representa uma escravidão como a enfrentada pelos gálatas.
A justificação pela fé é a resposta de Paulo à situação dos gálatas e veio a ser a resposta de Lutero.Esse tema torna-se o principal tema da pregação de Lutero,apontando o caminho para sua relevância moderna.
O cristianismo legalista manifestava-se de várias formas nos tempos de Lutero,mas torna-se tão real hoje como nos seus dias,levando cristãos à escravidão e toda forma de escravidão é estranha ao cristianismo na visão paulina.
3.) Na era da crítica moderna , F.C. Baur imitando Márcion achou essa carta muito ao seu gosto ao ponto de fornecer-lhe um padrão eficaz,conforme pensava para medir a autenticidade das demais cartas cartas paulinas.
Sua premissa fundamental de uma antítese entre cristianismo paulino e pedrino adotada,foi ilustrava basicamente na carta aos gálatas.
Tal bordagem estava muito longe da interpretação tradicional e pode ser citada como representando a critica radical do século XIX,tendo ainda repercussão no nosso século.
A teoria de antítese desenvolvida por Baur não é mais considerada hoje,mas na época da crítica moderna muitos concordaram com sua opinião de ter esta carta mais elevada que as outras.
Morton numa abordagem mais recente da carta ,estabele como norma Gálatas para medir autenticidade.Ele começa asseverando que Gálats é demasiadamente individualista para ser uma falsificação,logo fornece um exemplo admirável para o estudo estatístico do estilo de Paulo.Como resultado Morton declara que entre todas as cartas de Paulo somente 5 são autênticas.
Essas 3 colocações mostram a importância desta carta para os nossos dias e fornecem uma advertência contra o uso de pressuposições exegéticas errôneas.
É de essencial importância a relevância desta carta para o nosso século e de como ela é âncora para nossa fé.
1.) Cuidado com o legalismo
Os judaizantes da Galácia eram sinceros,e acreditavam honestamente que procediam corretamente ao serem circuncidados para serem seguidores genuínos da Nova Aliança e leais seguidores do sistema legal judaico.
Para os cristãos judaicos parecia natural que os gentios devessem ser absorvidos pelo judaísmo.Estavam tão acostumados a uma abordagem legalista que não enxergavam seus perigos e ameaças fatais à existência do cristianismo.
Os legalistas modernos também são sinceros mas errados do mesmo jeito.
Esta carta é um desafio para todos os que fazem parte do cristianismo,para que examinemos os princípios básicos que regem nossa fé.
A Igreja em sua história foi enfraquecida pelo formalismo religioso e ainda hoje continua sendo uma ameaça à prosperidade da igreja.Qualquer abordagem do cristianismo que dependa de observância rígida de regras externas como meio de salvação,estará sempre em piores condições do que a dos gálatas.
O declínio da Igreja sempre o é por uma condenação da igreja e nunca da presente geração.
Na maneira de pensar de Paulo a salvação só pode resultar de fé pessoal,que torna o cristianismo poderoso e fervoroso,isso é regra: sempre que o cristianismo vive a justificação pela fé o cristianismo torna-se influenciador dinâmico.
Infelizmente o método legalista tem seus atrativos: se o caminho para a justiça consiste em deveres torna-se mais simples para o indivíduo aplicar-se a procedimento fixo do que exercer a disciplina de uma fé pessoal.
Forçosamente surgirá confusão se a consciência individual for sobrecarregada com assunto e demasia.
Paulo substitui o conceito de lei como padrão e esperar obediência pelos frutos do Espirito e não apela para um código legal mas para um organismo vivo.Paulo vê como uma antítese,mas hoje tenta-se achar uma unidade.
Paulo não consegue ver uma abordagem formalista como parte de uma fé pessoal.
Hoje a Igreja precisa urgentemente considerar a justificação pela fé como base para a unidade eclesiástica.
2.) Crescimento da libertinagem.
A idéia de um código ético da qual os membros se conformem está desprestigiada.A liberdade do indivíduo se tornou mais importante que o bem estar da sociedade.
O que a carta tem a dizer para uma geração da nova moralidade?
Parece que a liberdade individual dá-nos o direito de uma liberdade individual.
Paulo não está ao lado dos novos moralistas,pois ele mesmo afirma que a liberdade não pode ser usada como ocasião para a carne ( 5:13 ),e quem pensa em abolir restrições morais consagradas está muito enganado.Ao invés de afrouxar os padrões Paulo favorece o inverso a despeito do antilegalismo.A exigência principal é o exercício do amor ( 5:22 ),antídoto às obras da carne ( 5:19 ... ).Ele impede o uso errado da liberdade cristã,pois o serviço prestado aos ouros é maior que a auto satisfação ( 5:13-14 ),estar disposto a carregar o fardo dos outros ( 6:9-10 ),ele deve ser acompanhado com os frutos do Espirito.A negação da carne está na expressão : "estou crucificado com Cristo" (2:19).
Não é qualquer padrão ético incompleto,superado pelo homem moderno.
3.) Até que ponto o modo como Paulo tratou a situação dos gálatas foi ditatorial?
Paulo foi incisivo,não teve complacência,via a questão como de vida ou morte,sendo franco em sua linguagem.
Na visão dele não havia coexistência pacífica na igreja gentia entre os que queria a circuncisão e outro que prescindia dela.
O primeiro grupo não representava o cristianismo puro e deveria ser excluído.
Hoje será que não existe um perigo de comprometer a posição cristã verdadeira com pontos de vista diferente da igreja apostólica?
4.) É interessante o uso feito por Paulo do Antigo Testamento nesta carta,resumido em 3 categorias:
a) Citação direta
Faz menos em Gálatas do que nas outras cartas,mas quando o faz fica evidente que cita-o com autoridade.
Ao citar Abraão personifica as escrituras ( 3:8 ),mostrando seu poder de previsão,que quando a Escritura fala fala como voz de Deus.( "está escrito")("permanece escrito")
Em 3:10 cita Deuteronômio 27:26 sobre a maldição da lei,em 3:13 cita Deuteronômio 21:23 e assim em outras passagens
b) Citação em alusões indiretas
As vezes parece um eco da linguagem do Velho Testamento (1:15),lembrando Isaías 49:1 e Jeremias 1:5 ou 2:16 onde há um eco de Salmo 143:2 e assim em outras passagens.
c) Citação por alegoria
Cita Sara e Agar como exemplos.
O método de Paulo para deduzir princípios espirituais de incidentes do Velho Testamento acha aqui exemplos notáveis.(algo que ele não o faz em outras cartas )
CONCLUSÃO
Até que ponto Paulo fez do Antigo Testamento deve ser normativo?
Há métodos científicos que desconsiderava,rejeitando o uso do Antigos testamento como autoridade.
Será o método de Paulo antiquado?
Cristo e seus discípulos criam que havia certa continuidade entre o Velho e Novo Testamentos,e esse era o método usado por Paulo.
Quando paulo usa Sara e Agar fica claro sua opinião que a Escritura transmitia uma interpretação tanto literal como alegórica.
Não há dificuldade em ver o relacionamento entre Isaque e Ismael e o espirito de liberdade e a abordagem de Paulo e a escravidão dos judaizantes.
Se a igreja moderna quer ter associação com a Igreja Apostólica,é certo que o conteúdo desta carta continua sendo importante como o foi no passado.
Ela é conhecida como a carta Magna da Liberdade Cristã
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